Reportagem de Gabriella Furquim no site Metrópoles afirma que franqueados da Cacau Show relatam o clima de “seita” dentro da maior rede de franquias do Brasil, com punições para quem questiona as normas e práticas da empresa. Quem comanda boa parte dos momentos devocionais é Alexandre Tadeu da Costa, conhecido como Alê Costa, fundador e CEO da Cacau Show.
A rede hoje conta com mais de quatro mil unidades espalhadas em todo o país.
A realidade de parte deles, no entanto, é bem diferente da apresentada por Alê Costa nas redes sociais e em entrevistas em programas especializados de negócios. Franqueados relatam, por exemplo, que, ao reclamarem de problemas, como cobranças ou mudanças no valor dos produtos, passaram a ser perseguidos. Uma das retaliações era a disponibilização de chocolates com validade prestes a expirar, bem como produtos encalhados, com pouca saída, para venda. Essa situação, muitas vezes, inviabiliza o funcionamento das franquias e leva os empresários a fecharem as portas.
Na Justiça, a Cacau Show acumula processos por cobranças indevidas e por não fornecer produtos de forma adequada para lojas franqueadas – caso em que as retaliações ficam ainda mais rígidas. Processo que tramita na 25ª Vara Cível de Brasília evidencia que punições como a retirada de crédito – obrigando os franqueados a comprarem os produtos à vista – é institucionalizada, com previsão contratual.
Segundo o Metrópoles, há dias em que todos os funcionários da sede da Cacau Show precisam ir para o trabalho vestidos de branco. O motivo? A participação em um ritual comandado pelo fundador e CEO da empresa, Alexandre Tadeu da Costa, conhecido como Alê Costa.
O momento, segundo relatos de funcionários e ex-funcionários, é solene. Eles são convidados, após tirarem os sapatos e se estiverem vestidos adequadamente, a entrarem em uma sala escura, iluminada apenas por velas, onde encontram Alê Costa repetindo cânticos.
Lá dentro, acompanham o líder repetindo as palavras, como se fosse uma prece, enquanto caminham, atrás dele, em círculos. A participação não é obrigatória, mas, assim como no caso dos franqueados, quem questiona ou não demonstra entusiasmo com as regras passa a ser perseguido, diz o site.
As situações constrangedoras não param por aí. Denúncias como a proibição de que funcionárias engravidem chegaram a ser protocoladas no Ministério Público do Trabalho (MPT). O documento, acolhido pelo MPT, aponta ainda outras situações abusivas, como gordofobia, “com humilhações públicas e discriminação estética que afetam a autoestima e saúde mental das vítimas”; homofobia, “com relatos de perseguição e piadas ofensivas direcionadas a pessoas LGBTQIA+”; e assédio moral e sexual, “promovido por superiores hierárquicos e, em muitos casos, ignorado ou acobertado pela direção da empresa”.
Festival indie
E as demissões em massa não param na divisão de games da Microsoft. Segundo Jason…
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